Politica

Carlesse anuncia pré-candidatura ao Senado menos de quatro meses após renunciar ao governo do TO

Menos de quatro meses após renunciar ao governo do Tocantins em meio a um escândalo de corrupção, Mauro Carlesse (Agir) anunciou nesta quarta-feira (6) sua pré-candidatura ao senado federal. O encontro estadual do partido ocorreu em Gurupi, no sul do estado, onde fica a base política do ex-governador.

Carlesse se filiou ao novo partido Agir antes do fechamento da janela partidária para disputar as próximas eleições ao Senado. Neste ano, os candidatos irão disputar apenas uma vaga para o cargo de senador.

Durante o encontro partidário, o ex-governador defendeu sua gestão afirmando que tinha uma equipe de qualidade e deixou o estado com mais de R$ 2 bilhões em caixa.

O ex-governador chegou a ter os direitos políticos suspensos pela Justiça Eleitoral em um processo que apura abuso de poder econômico e político, quando o governo estadual distribuiu milhares de cestas básicas em período eleitoral e supostamente favoreceu a prefeita Josi Nunes (União) nas eleições municipais de Gurupi.

Há duas semanas, em um novo julgamento, eles foram absolvidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral.

Corrupção e renúncia
Mauro Carlesse foi alvo de duas operações da Polícia Federal em outubro de 2021 e acabou sendo afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As investigações apuravam esquema de corrupção no plano de saúde estadual e aparelhamento de um grupo que supostamente obstruía em investigações contra o governo.

Os fatos também levaram a um processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Tocantins. A proposta de abertura do processo chegou a ser aprovada, em primeiro turno, no plenário da AL, mas Carlesse acabou renunciando antes da segunda votação.

Apesar de ter renunciado ao cargo, as investigações contra o ex-governador continuam. O processo que antes estava no STJ foi enviado à Justiça Estadual após ele perder a prerrogativa do cargo. Além disso, a própria Secretaria de Segurança Pública do Tocantins montou uma força-tarefa para investigar os indícios apontados pela Polícia Federal.

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